sexta-feira, 20 de maio de 2011

As tentações no deserto

Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Mateus 4.1

Quantas e quantas vezes a nossa vida parece rodar ao redor de um deserto sem fim? Quantas e quantas lágrimas choramos a noite pedindo a Deus que ele nos ajude, que ele nos mostre uma solução? Quantas vezes achamos que Deus não esta nos ouvindo? Quantas vezes achando que estamos falando com as paredes, e que Deus se esqueceu de nós?

A vida de um cristão não é necessariamente perfeita em todos os momentos, todos nós passamos por um deserto alguma vez na vida, e é nessa hora que a nossa fé é testada e provada perante as mais diversas circunstâncias na nossa caminhada. São nessas horas de aflição que temos a oportunidade de mostrar a Deus o quanto o amamos, o quanto o colocamos acima de todas as coisas, o quanto sabemos confiar nele.

Enquanto Jesus permanecia no deserto, o diabo o tentou de 3 maneiras diferentes.

Primeiro ponto.

E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Mateus 4.3,4

Satanás vendo que Jesus estava com fome, o tentou a formar pães para que pudesse comer. Com fé e determinação, Cristo não atendeu seu pedido, mostrando a convicção que tinha na palavra do Pai. Talvez você não esteja passando fome física, talvez possa estar com fome de amor, de carinho, de atenção. Talvez a sua geladeira realmente possa estar vazia, e você não saiba o que fazer, talvez você não tenha dinheiro o suficiente para pagar suas contas no final do mês, talvez você não saiba mais para onde recorrer, nem para quem possa pedir ajuda. Talvez esse vazio e essa carência que possam estar dentro do seu peito agora, pareçam a cada dia aprofundar-se mais e mais. Talvez você pense que na vida, nunca encontrará alguém que lhe trate bem, talvez você esteja cansado de ser deixado de lado, talvez te doa ter sido abandonado alguma vez. Talvez há coisas na sua vida que só Deus saiba!

Segundo ponto. Depois do início da tribulação, o diabo tentou Jesus mais uma vez.

Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,
E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Mateus 4.5-7

O diabo sabia que Cristo era o filho de Deus, sabia que Cristo era obediente, e mesmo assim o tentava, dizendo que ele se atirasse sobre o pináculo do templo. Quem sabe hoje, o diabo te incita a uma segunda alternativa, a um caminho aparentemente mais fácil para esquecer ou acabar com o seu problema, com a sua infelicidade. Quem sabe alguns do caminhos que ele tenha te mostrado sejam drogas, sejam seduções, sejam bebidas, e até quem, o suicídio.
Assim que a tribulação já esta quase insuportável, e o poço parece não ter mais luz, Satanás nos incita a abandonar-mos a fé em Deus, ou de algum jeito, tentar testá-la para ver se realmente dá certo, e se vale a pena continuar-mos no caminho da graça.
Jesus resistiu, resista!

Terceiro ponto. A última tentação!

Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Mateus 4.8-10

O diabo sempre quis tomar o lugar de Deus, sempre quis ter a glória que o Pai tem, e como uma última tentação no deserto, Satanás ofereceu o mundo a Cristo. Algumas pessoas se deixam enganar, e acabam vendendo sua adoração (e sua alma!) ao pai da mentira, por prazeres temporários e enganosos. Como uma última tentativa, o diabo nos oferece poder - falso poder- e nos tenta comprar com coisas temporárias, com o intuito que tenhamos a destruição eterna.
Se o rejeitarmos, ganharemos muito mais do que uma vida abençoada aqui na terra, mas ganharemos também os céus!

O fim do deserto!

Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam. Mateus 4.11

No final do deserto, tudo aquilo por qual sofríamos se acabará! O primeiro ponto, a fome (seja do que for!), que levou ao segundo, e ao terceiro, se extinguirá, e através disso, não precisaremos voltar ao mesmo deserto mais uma vez. O que aprendemos ali, deve ficar em nós para sempre, para que estejamos prontos para ajudar quem ainda não o atravessou. É como se fosse uma escola, depois que nos formamos, tudo fica mais fácil. O deserto nos deixa mais maduros, e é um aprendizado para a vida inteira!

Mas não pense que você vai estar sozinho, porque é como diz um belo louvor:


O sonho que tive esta noite, foi um exemplo de amor
Sonhei que na praia deserta, eu caminhva com nosso senhor
Ao longo da praia deserta, quis o senhor me mostrar
Cenas por mim esquecidas, de tudo que fiz nesta vida, ele me fez recordar

Cenas das horas felizes, que a mesa era farta na hora da ceia
Por onde eu havia passado, ficaram dois pares de rastros na areia
Então o senhor me falou:
- "Em seus belos momentos passados
para guiar os seus passos, eu caminhava ao seu lado''

Porém minha falta de fé, tinha que aparecer
Quando passavam as cenas das horas mais tristes de todo meu ser
Então ao senhor reclamei, somente seu rastro ficou
- ''Quando eu mais precisava, quando eu sofri e chorava
O senhor me abandonou''

Naquele instante sagrado, que ele abraçou-me dizendo assim:
- ''Usei a coroa de espinhos, morri numa cruz e duvidas de mim
Filho estes rastros são meus, ouça o que vou lhe dizer
Nas suas horas de angústias, eu carregava você''.

Rastros na areia, Dalvan
Louvor baseado no poema de Margaret Fishback Powers

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O que podemos aprender com João Batista?


Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento. Mateus 3.8

João Batista pregava no deserto usando vestes de pêlo de camelo, cinto de couro na cintura e se alimentando de gafanhoto e mel silvestre. Em Mateus 11, Jesus mostrava as multidões que João Batista não era um homem vestido de roupas finas, mas que na verdade, ele era muito maior do que profetas. Cristo revelou que João era aquele por qual Isaías falava antigamente, que ele era o mensageiro no qual Deus mandou para que preparasse o caminho de Jesus Cristo na terra.

O que podemos aprender com João Batista?
Que ele era um homem simples, não tinha ouro, nem prata, mas foi quem teve a honra de preparar e anunciar a vinda de Jesus!

Você não precisa ser rico para evangelizar as pessoas, os seus bens não dizem quem você é!
Quanto você ganha, a sua classe social, como você se veste, o que você come, nada disso te faz menor do que as outras pessoas. Nada disso quer dizer que você não é um cristão abençoado. Imagine, algumas pessoas podiam olhar para João naquela época e pensar que ele não poderia ser dado como um bom exemplo para o meio religioso, pelo simples motivo de que João talvez não satisfizesse o gosto popular pelo seu meio humilde de viver. Em Mateus 11.18, Jesus até dizia que as pessoas inclusive chamavam João Batista de 'demônio'. E hoje em dia, o que será que muitos religiosos ao dinheiro, ao status diriam sobre João? Será que também diriam que ele não era um homem abençoado, um homem de Deus?

Em Mateus 3.8, João pregava o arrependimento. Mas o arrependimento verdadeiro!
O que isso seria? Isso seria aquele que produz frutos.
Mas o que seriam frutos? Seriam os frutos do seu comportamento!

Eu não posso dizer que me arrependi de cometer tal ação, e daqui há alguns dias comete-la de novo, e depois de poucos dias, comete-la mais uma vez. O profundo arrependimento cria raiz dentro do coração, e seus frutos são a rejeição pelo pecado que deve ser feita dia após dia. O sincero arrependimento nos mostra que Deus nos perdoa pelos nossos erros, mas também nos revela o desejo de não decepcionar-mos Deus mais uma vez.

O perdão é genuíno, o arrependimento também.